quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As esquinas de uma profissão


Quando estava na faculdade de jornalismo, muitas vezes ouvi de meus professores sobre a possível decepção que eu teria com a profissão, e com as imposições das empresas de jornalismo impedindo o potencial criativo dos profissionais devido aos patrocínios, a parcialidade da notícia e outras tantas profecias apocalípticas para a minha área.

Após minha formatura comecei a enfrentar a temida realidade. É claro que destaco a cidade onde trabalho: pequena, do interior mineiro; e, isso, levando em conta, principalmente da tradição coronelista reinante. Mas, também, percebi algo bem mais doloroso do que as previsões para o futuro profissional. Ao invés de me decepcionar com a profissão, me decepcionei com os profissionais. E me decepciono a cada momento!

Primeiro, como em toda cidade interiorana e com tradições antigas muito evidentes, seria normal encontrar uma imprensa trabalhando de acordo com os anunciantes (e, isso não é pecado, pois toda empresa tem que sobreviver). O que me chocou foram essas mesmas empresas tomarem partido político descaradamente, omitindo informações importantes aos seus leitores e telespectadores, quando dados altamente relevantes são distorcidos apenas por picuinhas rés de chão. Sobre a política, então, a máxima é de que se dane o povo, pois o importante é destruir a imagem de qualquer pessoa que se destaca. Cadê a ética?

E por falar em ética, esse é o segundo ponto. Não digo somente da ética jornalística, a que aprendemos na faculdade (e meu comentário é para os profissionais formados). Falo daquela ética aprendida com os nossos pais. A essência moral na convivência familiar. É notória a satisfação prazerosa embutida na feição dos autores de matérias deturpadas, tendenciosas, esdrúxulas! Expressão de missão cumprida num rosto sádico, se coloquei em xeque mais um.... Então, me pergunto: como essas pessoas conseguem dormir, sabendo que manipularam fatos e acontecimentos para vender imagens falsas, usando pessoas simples para dar credibilidade ao texto e abusando da sensibilidade humana ao fazer suas matérias? E o pior de tudo, repetindo o velho chavão, ao decantar aos quatro cantos e o tempo todo que fazemos um jornalismo de qualidade e credibilidade.

Infelizmente, essa é uma realidade que eu não queria ter conhecido: irresponsabilidade com fatos importantes. Ausência de ética por matéria mal construída (além de tendenciosa), comprometendo e causando sérias consequências para as pessoas e a própria sociedade. E isso é triste. Muito triste.

Felizmente, acredito que situações assim são casos isolados (o que me conforta). Também sei que a realidade em outros lugares é diferente. Mas, casos de irresponsabilidade de alguns profissionais me leva a pensar na função verdadeira do jornalista na sociedade! Não fazemos milagres, mas temos grande influência!

Enquanto vivo uma realidade profissional mediana, torço para que essa doença não seja contagiosa. E, esperançosa de que matérias melhores virão, com ética, transparência, informação correta e, principalmente, com respeito à sociedade!   

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Esta faltando gardenal na campanha eleitoral

Estamos a alguns dias da decisão das eleições presidenciais. As pesquisas de opinião pública apontam para um empate técnico entre os candidatos petista e tucano. Diante disso e, diferente de outras disputas, quando chegavam a nossas casas cartas direcionadas e gravações do “seu candidato” pedindo voto, esse ano contamos com uma intensa corrente de propaganda nas redes sociais da Internet.

Com toda essa facilidade e acesso a informação despejam em nossas cabeças um sem número de jingles e slogans, fora as propostas para conquistar o voto. Não bastassem os absurdos a que somos obrigados a ver, ler e escutar nesses períodos, agora temos, também, colegas chegados (às vezes nem tão chegados assim) que nos bombardeiam com inúmeras informações (desnecessárias) sobre crenças, passado e até atividades da vida particular dos candidatos.

Esperar uma atitude desenfreada de fãs políticos pode ser comum no decorrer da nossa história. O que não é comum (pelo menos para mim, com pouca experiência em política) são os candidatos ao cargo mais importante do país entrar nesse joguinho sem vergonha, esquecidos do real propósito ao qual se dispuseram a concorrer.

Gastando um tempo precioso, onde poderiam apresentar propostas concretas e realizáveis – discutindo questões morais e éticas que sempre estiveram presentes na nossa sociedade –, outros assuntos menos importantes a são debatidos.

“Vou ganhar a simpatia através da moral e dos bons costumes (como santos livres de qualquer pecado). “A moral e os bons costumes não convenceram? Que tal apelar para a sensibilidade dos excluídos?” “Estão me vendo de forma muito negativa? Vou posar de vítima, assim se comovem com essa injustiça contra mim.” “Que nada, acho que de, agora em diante, vou partir para o ataque.”

Esqueceram a dose diária do remédio controlado da campanha eleitoral. Se evoluímos com o passar dos anos, vejo uma regressão gritante na campanha de agora. As convulsões pelo voto estão deixando todas as equipes desequilibradas.

Por mais que uma campanha eleitoral mexa com os nervos e com os rumos do país, ainda é necessário mostrar e discutir propostas de cunho social que possam fazer a diferença.

Acusações, injúrias, difamação... Esse show de fofocas que assistimos só serve para transformar o espaço de debate dos problemas públicos numa querela de comadres. Para as vizinha, ótimo, tem fofoca por um bom tempo... Para os desinteressados em assuntos inúteis... resta desligar a TV e esperar o dia 31 de outubro.

domingo, 17 de outubro de 2010

Apresentando

Sabe todos aqueles assuntos que te rodeiam, aqueles absurdos... que você não acredita que está acontecendo. Aqueles assuntos exaustivos e que ficam martelando toda a sua rotina. Ou até mesmo coisas bobas, mas cansativas... Aqueles assuntos que você olha e fala... FRANCAMENTE...
Este blog tem o objetivo de comentar os assuntos cansativos, absurdos, enfadonhos. Mesmo se tratando de assuntos chatos, todos tem um ponto de vista sobre eles. E aqui apresento o meu ponto de vista.
Espero que gostem!